Furacão atropelou o Nacional na estreia de Enderson Moreira e leva definição entre mata-mata e Torneio da Morte para a última rodada. Se o Rubro-Negro passar, deve pegar o Coritiba
Albari Rosa/Gazeta do Povo
O Atlético ainda respira no Campeonato Paranaense após a goleada por 7 a 0 sobre o Nacional, neste domingo (22), na Arena da Baixada. Com o resultado e a derrota do Cascavel para o Coritiba, no sábado (21), o Rubro-Negro chega à última rodada precisando vencer o Londrina no Estádio do Café e torcendo por um empate do Cascavel fora de casa contra o Foz para chegar à 8.ª posição e escapar do Torneio da Morte.
Matematicamente, o Atlético só pode se classificar em oitavo. Se isso acontecer, encarar o campeão da primeira fase, provável posição do rival Coritiba. O Coxa é o líder com 25 pontos, dois as mais que o J. Malucelli. Fechará a fase na ponta com vitória sobre o Paraná, empate (desde que o Jota vença por até dois gols) ou mesmo derrota caso o Jotinha não supere o Maringá, no Willie Davids.
A reação no campeonato, mesmo que tardia, veio diante de um adversário extremamente frágil, num cenário ideal para o estreante Enderson Moreira retomar o apoio do torcedor.
Foi com a fórmula de jogar no ataque e buscar os gols – Gustavo abriu o placar no primeiro minuto e Hernani fechou a goleada no último lance – que o Atlético reencontrou momentaneamente a paz, depois da sequência de cinco jogos sem vitórias.
O placar também melhorou o aproveitamento ofensivo da equipe, que passou de 5 gols marcados para 12, com o time finalmente sendo aplaudido pelos torcedores. “Eu respeito o torcedor, é momento de virar a página porque são esses atletas que vão nos encaminhar na sequência do campeonato”, pediu Enderson, levantando a bandeira da trégua e pedindo paciência à torcida.
Mesmo assim, ele aproveitou os bons ares da goleada para engrossar o coro pedindo por reforços. “Vamos buscar qualificar o grupo com atletas mais experientes para deixar a equipe mais competitiva”, salientou Moreira.
Competitividade que vem à prova no próximo domingo (29), quando o clube precisa “cumprir o dever” para escapar do vexame de ter de disputar o Torneio da Morte. “O mais importante é fazermos a nossa parte, é um jogo complicado mas esperamos um resultado positivo”, avaliou o treinador, que não poderá contar com Marcos Guilherme, que se apresenta à seleção brasileira sub-23 para os amistosos contra Paraguai e México.
Entre os atletas, o reflexo da goleada é a inspiração necessária para continuar lutando. “Ainda não acabou, vamos trabalhar ,agora com ainda mais confiança”, disse Edigar Junio, ditando o tom da semana decisiva atleticana.
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