sexta-feira, 8 de maio de 2015

PREÇOS Alta do ICMS faz inflação da Grande Curitiba atingir o dobro do índice nacional

Aumento do imposto em vigor desde o dia 1º de abril provocou reajuste generalizado dos preços dos produtos, pressionando o índice da capital e Região Metropolitana


Puxada pelo aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a inflação de Curitiba fechou abril em 1,46%, o dobro da média nacional e bem acima das demais regiões pesquisadas, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8).

Nos quatro primeiros meses do ano, o IPCA da Grande Curitiba acumula alta de 5,59%, a maior entre todas as regiões. Já nos últimos 12 meses, a inflação da capital ficou em 9,28%, o segundo maior índice, atrás apenas do Rio de Janeiro (9,53%). Em todas as bases de comparação, o índice oficial de preços de Curitiba superou a média nacional.

Diferente de março, quando o reajuste extraordinário da tarifa de energia elétrica fez a inflação da Grande Curitiba chegar a 1,69%, em abril, a grande pressão veio do aumento do ICMS , que incide sobre milhares de produtos no estado e provocou uma alta generalizada dos preços. A alta do imposto entrou em vigor no dia 1º de abril.

Pressões


De acordo com os dados do IBGE, o maior impacto na inflação da Grande Curitiba veio do grupo Alimentos, que subiu 2,34% em abril, bem acima da média nacional (0,97%). Em 12 meses, essa categoria acumula alta de 9,25%. Além disso, o reajuste dos remédios (7,87%) também pressionou o resultado do grupo de Saúde e Cuidados Pessoais, que teve aumento de 3,14% em abril. Ainda impactado pela alta da tarifa de energia, o grupo de Habitação subiu 2,51% no mês, com alta de 21,88% em 12 meses.

Brasil


Com alívio nos custos da energia elétrica, a inflação oficial brasileira ficou pela primeira vez no ano abaixo de 1% em abril na comparação mensal, mas ainda assim em 12 meses atingiu o nível mais alto em mais de 11 anos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou a alta a 0,71% em abril ante 1,32% em março, informou o IBGE.

Esta é a taxa mais baixa desde novembro, quando o índice avançou 0,51%. Entretanto, no acumulado em 12 meses o IPCA chegou a 8,17%, ante 8,13% em março.

Trata-se da maior alta acumulada desde dezembro de 2003, quando o IPCA atingiu 9,30%, permanecendo assim bem acima do teto da meta do governo, de 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Segundo o IBGE, o principal responsável pelo resultado de abril do IPCA foi o custo da energia elétrica, que desacelerou a alta a 1,31% ante 22,08% no mês anterior, quando refletiu a revisão das tarifas em todas as regiões pesquisadas.

Os custos da energia vêm sendo o maior destaque no início do ano, em meio ao uso da bandeira tarifária, repassando ao consumidor os custos mais altos de geração devido à falta de chuvas, e à entrada em vigor de revisões tarifárias extraordinárias.

O grupo com maior impacto foi Alimentação e Bebidas, com 0,24 ponto percentual após alta de 0,97%, mas o que registrou maior variação no mês foi Saúde e Cuidados Pessoais, com avanço de 1,32%.fonte:Gazeta do povo.

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