segunda-feira, 11 de maio de 2015

Embalagens de lata lideram acidentes de consumo no Brasil

Pesquisa do Inmetro mostra que os fogões vêm em segundo lugar na lista de produtos com maior risco


As embalagens de lata lideram as estatísticas de produtos e serviços que oferecem mais riscos à saúde e à segurança dos consumidores brasileiros. Essas embalagens representam 14,6% dos registros do Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidente de Consumo (Sinmac), reunidos a partir de relatos dos próprios consumidores. Em segundo lugar, aparecem os fogões, com índice de 11,5%, e as escadas domésticas, com 3,8%. 

Quando classificados por grupos de produtos, os eletrodomésticos lideram o ranking, com 23,8%, seguidos de embalagem (19,2%) e utensílios domésticos (13,1%). A pesquisa do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) foi feita em janeiro deste ano. De acordo com o estudo, 27,7% do total de acidentes registrados no Brasil levaram as vítimas a procurar atendimento médico e 16,2% dos consumidores tiveram que se ausentar no trabalho. As principais lesões relatadas foram cortes (33,5%) e queimaduras (19,6%). 

A coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, acredita que o número de casos pode ser maior do que o divulgado pelo Inmetro, já que os consumidores não têm hábito de fazer registros ou reclamações. Segundo ela, um convênio entre os ministérios da Justiça e da Saúde dará mais evidência ao problema porque vai permitir a notificação dos casos no momento em que as vítimas cheguem aos hospitais. "Os acidentes de consumo são comuns e nem todos são identificados", destaca. 

Maria Inês recomenda que, ao usar o produto de forma correta e mesmo assim enfrentar problemas, o consumidor deve procurar os órgãos de defesa para exigir seus direitos e até, se for necessário, o produto ser retirado do mercado. Também deve registrar reclamação ao fabricante. 

O gerente de fiscalização do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR), Roberto Tamari, sugere que, no caso de acidente, o consumidor informe o Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidente de Consumo no endereço www.inmetro.gov.br/consumidor/formulario_acidente.asp. Segundo ele, as reclamações ao Sinmac geram investigações sobre a causa do problema e podem levar a ações práticas, desde recall até a retirada do produto do mercado. 

Tamari ressalta que os produtos que mais apresentam problemas nas fiscalizações realizadas pelo Ipem no Paraná são brinquedos, por falta de selo do Inmetro. De 1 milhão de brinquedos que são fiscalizados em um ano, cerca de 3% são retirados do mercado no Estado. fonte:folha web.

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