quarta-feira, 27 de maio de 2015

Paraná lidera produção de tilápias, mas peca no processamento

Em apenas três anos o Estado saltou da 23ª colocação para a 1ª posição no ranking; falta de locais para o abate deixa produtores sem mercado

Fotos: Antônio de Picolli
Aparecido Sabino da Costa está na piscicultura há 15 anos e aposta no 
potencial da atividade para a agricultura familiar, mas reclama da falta de 
apoio do governo

Santo Antônio da Platina - O Paraná conquistou a posição de maior produtor de tilápia no cenário nacional. Em apenas três anos, o Estado saltou da 23ª colocação na classificação geral para a posição de líder no ranking do governo federal. No Norte do Paraná está instalado o segundo polo produtor. As informações foram repassadas pelo superintendente federal da Pesca e Aquicultura no Paraná, José Antônio Faria de Brito, aos prefeitos que compõem a Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunorpi), durante reunião na sede da entidade, na última sexta-feira, em Santo Antônio da Platina. Entretanto, o cenário é de preocupação, segundo os produtores da região, que afirmam não terem a quem vender a produção. 

De acordo com o superintendente, a proposta de fomentar o consumo de peixe apresentada pelo Governo Federal teve grande adesão pelos produtores do Paraná, que além da posição de liderança na produção de tilápia querem também que o Estado se torne o maior centro de abate no país. "Quando o governo federal apresentou a proposta para fomentar a criação de tilápia nos estados, o Paraná abraçou a ideia e traçou como meta tornar-se referência no segmento. Em apenas três anos nós conquistamos o posto de maior produtor da espécie no Brasil. Deixamos uma das últimas posições no ranking para nos tornarmos responsáveis por 51% da produção nacional", destacou Brito. 

A criação da tilápia foi apresentada pelo Ministério da Agricultura como alternativa para melhorar a renda dos proprietários de pequenas áreas rurais, que até então exploravam os espaços com atividades como a agricultura, pecuária leiteira, aves e suínos. Com a oportunidade mais uma opção de renda e com incentivos para o investimento, como a liberação de crédito sem burocracia, muitos produtores do Norte Pioneiro foram atraídos pelo negócio. No entanto, a falta de locais para o abate e com isso as incertezas do mercado preocupam boa parte dos piscicultores, que buscam outros meios para negociarem a produção. O frigorífico de Pinhalão, que deveria garantir o abate dos peixes está com as obras paralisadas desde o ano passado (veja matéria abaixo).Fonte: Folha Web.

Nenhum comentário:

Postar um comentário