segunda-feira, 27 de abril de 2015

LAVA JATO Vaccari e Duque são denunciados pelo MPF por lavagem de R$ 2,4 milhões

Antônio More/Gazeta do Povo
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 15 de abril. | Antônio More/Gazeta do Povo
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto está preso na carceragem da 
Polícia Federal em Curitiba desde o dia 15 de abril.


Nova denúncia da Lava Jato foi apresentada nesta segunda-feira (27) e ainda precisa ser acolhida pelo juiz federal Sérgio Moro. Acusação do MP diz respeito à utilização da gráfica Atitude no esquema


O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o executivoAugusto Mendonça foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira (27) pela lavagem de R$ 2,4 milhões. De acordo com os procuradores da força tarefa da Lava Jato, foram identificadas 24 operações de lavagem de dinheiro entre abril de 2010 e dezembro de 2013. A denúncia ainda precisa ser acolhida pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações na Justiça Federal.

Segundo o MPF, parte da propina paga a Duque enquanto ele era diretor de Serviços da Petrobras foi paga por empresas do grupo Setal Óleo e Gás para a Editora Gráfica Atitude a pedido de Vaccari. A gráfica, segundo apuração dos investigadores, é ligada ao PT.

Para justificar os pagamentos, a Gráfica Atitude firmou dois contratos com as empresas do grupo Setal. Segundo o MPF, porém, os serviços nunca foram prestados e as notas fiscais eram frias.

Na denúncia oferecida nesta segunda-feira (27), o MPF não apontou a responsabilidade de nenhuma pessoa vinculada à gráfica, mas segundo os procuradores, novas investigações devem apurar a participação de pessoas ligadas à Gráfica Atitude.

O MPF pediu a condenação dos réus à restituição de R$ 2,4 milhões, bem como ao pagamento, a título de indenização, de mais R$ 4,8 milhões.

Presos


O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 15 de abril, quando a PF deflagrou a 12ª fase da Operação Lava Jato.

Já o ex-diretor da Petrobras Renato Duque está atualmente preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele foi preso pela primeira vez em novembro do ano passado, mas foi liberado alguns dias depois, quando conseguiu um habeas corpus. A nova prisão foi realizada em março desse ano.

O executivo Augusto Mendonça não está preso. Ele firmou um acordo de delação premiada com o MPF para contar tudo o que sabe sobre o esquema em troca de uma pena menor.

Fonte: Gazeta do povo.

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