quinta-feira, 16 de julho de 2015

LEGISLATIVO Compra de café e suco pela Assembleia Legislativa causa polêmica

Henry Milleo/Gazeta do Povo
Compra de produtos, como café e suco, causou polêmica. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Compra de produtos, como café e suco, causou polêmica.

Na terça (14), o telejornal Paraná TV 2ª edição, da RPC, exibiu reportagem questionando os custos que serão pagos em produtos como café, açúcar, refrigerante e suco . Deputados reagiram


A polêmica envolvendo o processo licitatório para aquisição de materiais de consumo para aAssembleia Legislativa do Paraná provocou reações nesta quarta-feira (15) entre os deputados. Na terça (14), o telejornal Paraná TV 2ª edição, da RPC, exibiu uma reportagem questionando os custos que serão pagos em produtos como café, açúcar, refrigerante e suco que serão comprados por meio de um processo licitatório marcado para a próxima segunda-feira (20).

O deputado Pastor Edson Praczyk (PRB) usou a tribuna para criticar a reportagem. Segundo ele, o tema foi totalmente distorcido, levando a conclusões equivocadas sobre a política e a conduta dos políticos. “Em nenhum momento a notícia informou que o processo de compra do café, da água, do suco, segue normas estabelecidas em lei”, frisou. “Em consequência desse tipo de informação distorcida é que ninguém quer participar da política”, disse.

O parlamentar lembrou que os produtos são servidos também à imprensa e chegou a mostrar fotos de profissionais da emissora bebendo café. “E não há nada de errado nisso [no fato de a imprensa consumir os itens da Assembleia]. Mostro essas fotos apenas para evidenciar os riscos que existem quando nos esforçamos para lançar suspeitas sobre tudo e sobre todos. Podemos acabar lançando suspeitas sobre nós mesmos”, ironizou. O discurso de Praczyk foi reforçado pelos deputados Márcio Nunes e Missionário Ricardo Arruda, do PSC.

O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), afirmou que todos os procedimentos licitatórios são públicos e transparentes, conforme determina a lei, com garantia de fiscalização pelo Tribunal de Contas e Ministério Público, além da imprensa e de qualquer cidadão interessado. Primeiro-secretário da Assembleia, Plauto Miró (DEM) também defendeu a legalidade do processo. “São aquisições feitas com toda a transparência”, disse.

Reportagem


A reportagem da RPC comparou os preços praticados pelo processo licitatório da Assembleia com os de supermercado. Os custos chegam a variar em 40% – o litro de suco de laranja, por exemplo, pode ser adquirido por R$ 3,98, enquanto está com um valor máximo de R$ 5,55 na licitação. O pacote de café de 500g custará R$ 10,52 aos cofres públicos e vale R$ 7,98 no caixa. Também foram encontradas variações nos preços do refrigerante e do açúcar.

A licitação para aquisição de materiais de consumo para a Assembleia prevê o custo máximo de R$ 110 mil por ano. A Casa informou que as distorções ocorrem devido a gastos com frete, estoque e inflação do período. A assessoria argumentou também que foram feitas três pesquisas de preços em supermercados para se chegar a um valor médio por produto.Fonte: Gazeta do Povo.

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