sábado, 28 de fevereiro de 2015

Justiça manda liberar rodovias estaduais

Caminhoneiros diminuem manifestações em estradas federais e endurecem bloqueios nas estaduais na região de Londrina

Fotos: Anderson Coelho
Bloqueio na PR-445 era um dos 44 mantidos em vias estaduais ontem

A Justiça do Paraná determinou no início da noite de ontem a liberação de duas rodovias estaduais que estavam bloqueadas pela paralisação dos caminhoneiros, em Sertanópolis e Ivaiporã. Autor de 27 ações do tipo, o procurador-geral do Estado, Ubirajara Ayres Gasparin, afirmou que esperava novas liminares até o fim da noite de ontem no mesmo sentido. 

A decisão prevê multa de R$ 5 mil por dia para os caminhoneiros que impedirem a passagem de veículos. "Vale imediatamente após a intimação dos caminhoneiros e sindicatos. A tendência é que a Justiça reconheça os outros pedidos e até o começo da semana que vêm todas as rodovias estejam liberadas", afirmou Gasparin. 

Na região de Londrina, os caminhoneiros deixaram ontem as rodovias federais e focaram as estaduais, para escapar do risco de multas de R$ 10 mil por veículo determinadas por liminares obtidas pela Advocacia Geral da União (AGU). Entretanto, os grevistas endureceram os bloqueios e disseram que podem voltar às federais. 
De acordo com balanço das 17h30 da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 61 bloqueios estavam ativos em BRs no País, das quais 12 no Paraná. Os números são menores do que os do dia anterior: 84 e 19, respectivamente. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), às 16h30 o Estado tinha 44 piquetes ativos, mais do que os 40 da noite anterior. 

Um dos líderes da paralisação na PR-445, na saída para Tamarana, o autônomo que se identificou apenas como Fábio disse que a categoria "trancaria as estaduais". "O que nos passaram é que a liminar para as federais caíram e ainda podemos voltar para lá, mas estamos fechando tudo na região, perto do (posto) Cupim, do (posto) Portelão, em Tamarana, Nova Fátima, Apucarana e Arapongas", disse. 

Ele afirmou que há apoio de transportadoras ao movimento, com entrega de água e refeições, mas que empresários e sindicatos não participam diretamente. "Queremos tabelamento justo do frete, mais segurança e estrutura para aquela lei de descanso valer, porque não adianta dirigir poucas horas se não temos onde parar; uma revisão da nossa aposentadoria, porque aumentaram os anos e ficou difícil, e não pagar pedágio quando estamos vazios, porque não estamos faturando", completou. 

fonte: folha web.


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