quarta-feira, 2 de março de 2016

JANDAIA - “Isso aqui é uma bomba-relógio a ponto de explodir”

A comarca engloba Jandaia do Sul, Bom Sucesso, Kaloré, Marumbi e São Pedro do Ivaí


PORTAL AGORA - A delegada de Jandaia do Sul, Waleska Souza Martins, reuniu a imprensa na tarde de segunda-feira (29/2), para expor o problema vivenciado na cadeia superlotada, anexa à delegacia do município. Segundo ela, atualmente são 65 presos, dentre condenados e provisórios, dividindo um espaço projetado para abrigar 18 pessoas. “Realidade que impede que a função da polícia judiciária seja exercida em sua totalidade.” Walesca explica que a função constitucional da Polícia Civil é elucidar crimes, buscar autoria e dar assistência para as vítimas, “para as pessoas do bem, trabalhadoras. Contudo, hoje, ao em vez dos investigadores estarem nas ruas, ajudando a dar respostas a essas infrações, eles estão aqui, cuidando desses presos, dessas pessoas que cumprem penas”. Um desvio de função ilegal, de acordo com ela, que prejudica o andamento dos inquéritos. “Os investigadores fizeram concurso público para o cargo de investigador, ou seja, para investigar, não para custodiar detentos. Existem os cargos de agente penitenciário, de agente de cadeia, que fazem exatamente isso, que são treinados para isso, mas aqui, infelizmente, existe esse desvio. Não só do investigador, mas do escrivão de polícia, do delegado, que também não é diretor de presídio, de todos esses servidores. Fora o perigo que nós passamos todos os dias aqui, porque trabalhamos em um local como esse, com várias pessoas revoltadas e que é uma bomba-relógio a ponto de explodir, sem nenhum exagero.” A delegada ressalta que ao todo são 65 presos que estão sob responsabilidade de sete servidores – além dela, três escrivães e três investigadores. “O que seria ideal para demanda, não fosse a tutela dos presos [a comarca engloba Jandaia do Sul, Bom Sucesso, Kaloré, Marumbi e São Pedro do Ivaí]. Então, o que nós reivindicamos é uma solução para esse problema, porque essas pessoas deveriam estar no sistema penitenciário, e não aqui em um Setor de Carceragem Provisória, como o próprio nome diz, onde eles deveriam ficar apenas na lavratura do flagrante.”  LEIA MAIS.

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